Queria muito pedir aos que estão lendo, comentários sobre o blog. Opinem, falem o que acham também… Assim eu me animo mais pra escrever, e com discussões sadias os dois lados crescem. =)
12/01. Comecei tocando uns arpejos do Cuaderno no. 2 do Carlevaro, usando o Estudo no. 6 do Brouwer para não cansar muito a mão esquerda nos diminutos. Continuando o aquecimento, toquei o Estudo no. 6 do Brouwer (com o arpejo correto agora) e Estudo no. 1 do Villa-Lobos. Toquei o Prelúdio, a Giga e o Double da Suíte no. 2 para Alaúde do Bach, uma vez direto. Dei uma ênfase maior no Prelúdio, no finalzinho tava errando algumas coisas, agora está um pouco melhor. Comecei a Fuga dessa mesma suíte, tá tirada um terço dela, falta muito ainda. Foi um dia só pra tocar, sem muitas considerações…
13/01. Alguns arpejos do Cuaderno no. 2 do Carlevaro pro aquecimento, e uma seqüência de escalas de Sol (três oitavas) em colcheias, depois tercinas de colcheias, e por último semicolcheias, usando os dedos i, m e a da mão direita. Segui tocando o Prelúdio da Suíte para Alaúde no. 2 do Bach, e consertei de vez o final, eu estava fazendo um mi na segunda corda que estava acabando com tudo, agora faço ele na primeira corda solta. Toquei a Giga e a Double da mesma suíte, mas desanimei com o som das cordas velhas que o meu violão está, em combinação com um novo experimento de lixamento da unha que não me agradou. Toquei o Prelúdio no. 3 do Villa, e me deu uma vontade de começar a tirar o Concerto de Aranjuez, do Joaquín Rodrigo, talvez por ter ouvido muito ele hoje. Toquei pra finalizar o Prelúdio Americano no. 3 do Carlevaro, mas não dá. O timbre do violão está igual em todas as posições de mão direita, me imagino tocando um piano, e um piano de corda velha ainda, um som muito opaco. E a afinação das cordas está terrível. Não consigo ouvir nem graves definidos nem agudos com brilho, vou trocar as cordas amanhã.
14/01. Troquei as cordas. Estou usando agora uma D’Addario Pro Arté, EJ46, tensão alta. O violão ainda está naquela fase de se acostumar com as cordas, e as cordas naquela fase de se acostumar com o violão, então não afina nunca. Mas deu pra brincar um pouco. Comecei a compor uma peça, que ainda não sei se vai ser para violão solo, duo de violões ou regional de choro. Fiz a parte A dela, melodia e harmonia, em mi menor. Toquei a Suíte no. 2 do Bach pra não esquecer nenhum detalhe. Parei por uns 10 minutos, e segui tocando as Variações sobre um tema da Flauta Mágica de Mozart, compostas por Fernando Sor. Fazia tempo que eu não tocava, e em várias delas têm pequenos erros a serem corrigidos. Na primeira variação, vários ligados apagados, sem que as notas saiam homogêneas. Estudei bem mais lenta essa variação, deixando os dedos mais perpendiculares em relação à corda, tocando mais com as pontas dos dedos e aplicando mais força nos ligados, o resultado está sendo bem melhor. E na última variação (excluindo a Coda), preciso me concentrar mais na técnica de mão esquerda, pra deixar todas as notas com a mesma textura e duração. Pra resolver isso estou só diminuindo a velocidade, pois tocando devagar a memória muscular vai se fortalecendo, e ficará mais fácil de tocar mais rápido depois. Terminei tocando o Prelúdio Americano no. 3 do Carlevaro, agora com um contraste maior entre a melodia no grave e o acompanhamento agudo. Adicionei algumas pequenas fermatas em alguns pontos também, obtive um resultado legal.
Resumão das Soluções Encontradas:
- Arpejos do Cuaderno no. 2 do Carlevaro: usar uma harmonia diferente, para “não cansar muito a mão esquerda nos diminutos”
- Ligados: “dedos mais perpendiculares em relação à corda, tocando mais com as pontas dos dedos e aplicando mais força nos ligados”
- Limpeza de som: uma digitação de mão esquerda mal resolvida pode acabar com a mão direita, e vice-versa. “Eu estava fazendo um mi na segunda corda que estava acabando com tudo, agora faço ele na primeira corda solta”.
- Problemas de usar corda velha: “O timbre do violão está igual em todas as posições de mão direita, me imagino tocando um piano, e um piano de corda velha ainda, um som muito opaco. E a afinação das cordas está terrível. Não consigo ouvir nem graves definidos nem agudos com brilho”.
- Tocar todo dia, “pra não esquecer nenhum detalhe”.
- Trechos rápidos, tocar “diminuindo a velocidade, pois tocando devagar a memória muscular vai se fortalecendo, e ficará mais fácil de tocar mais rápido depois”.
- Adicionar “algumas pequenas fermatas em alguns pontos”, respirações, desde que sem exageros e analisando bem o que isso implica, são efeitos usados para se criar uma interpretação própria.
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