A proposta dessa nova série, Fonoteca, é a discussão sobre os vários CD’s de violão erudito. Pretendo adquirir o maior número possível desses CD’s e postar aqui no blog minhas impressões, o que me agradou e o que não agradou. Faz parte da proposta que os leitores também comentem, para haver uma troca de conhecimento. Então me ajude e faça sua parte!
Acabo de adquirir The Segovia Collection, uma coleção de 9 CD’s com músicas gravadas pelo grande violonista Andres Segóvia. Consegui pelo blog do Helder Bello, que faz um trabalho muito legal de disponibilizar sua fonoteca e publicar para que todos possam ter acesso. Vou começar falando do disco 1, que contém diversas obras de Johann Sebastian Bach.
Bach é um autor difícil de se comentar. Nenhum dos intérpretes pôde conversar com o compositor para discutir se o que ele está realizando está de acordo com as idéias da peça, então só sobra o registro escrito. Embora a partitura seja um meio muito prático e fácil de se escrever e ler música, há tópicos subjetivos demais para que a escrita represente uma idéia sonora em sua totalidade. Algumas das obras desse CD eu estou estudando, e faria diferente em vários pontos, sobretudo na questão de ter uma respiração maior e mais enfática em determinados fraseados. Em outras, Segovia faz jus ao título que lhe é dado, o Papa do violão. Um timbre de polegar incrível, uma descomunal limpeza e constância no fraseado. Contrastes muito bem colocados, com uma intenção musical segura. Ornamentos claríssimos, equilíbrio perfeito entre agudos, médios e graves.
Destaques:
- Faixa número 10, a Sarabande da Suíte no. 3 para Violoncelo, pela incrível expressividade.
- Faixa número 16, a Chaconne da Partita para Violino no. 2. Impressionante. Sem palavras.
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