Um violinista, violoncelista, violista ou contrabaixista tem seu arco, instrumento usado para friccionar as cordas. Um percussionista, sua baqueta. O violonista possui um instrumento natural interessantíssimo, e se souber utilizá-lo abre um leque das mais variadas possibilidades timbrísticas: a unha.
A unha é usada pela grande maioria dos violonistas modernos, seja por alcançar uma maior precisão ou variação de timbres. O toque da mão direita sem unha, como Francisco Tárrega sugeria, ainda existe, mas é usado apenas por uma minoria.
O cuidado que um violonista tem em relação às unhas da mão direita pode parecer exagero, mas esse cuidado é um dos itens que vai diferenciar um violonista experiente de um violonista amador. A unha é parte fundamental na formação do som do violão.
É na combinação da polpa do dedo com a unha que sairá o resultado sonoro – quanto mais unha, mais pontiagudo e preciso sairá o som; quanto mais carne do dedo, mais arredondado, suave e sutil será o som.
A unha nunca deve estar muito curta, nem muito longa. Os porquês:
- Unhas muito curtas: necessidade de virar o pulso para atacar as cordas; impossibilidade de produzir um som definido; pouca precisão.
- Unhas muito compridas: som excessivamente metálico e pontiagudo; distância maior entre o dedo e a corda, ocasionando uma perda de precisão e controle de movimento.
Para saber o tamanho ideal, precisamos ter a relação do dedo com a unha. Com a mão na frente e a palma virada para o rosto, uma das regras gerais é a de que o violonista precisa conseguir enxergar a unha passando um pouco do tamanho de seus dedos.
Esse é o tamanho padrão, usado pela maioria dos violonistas, embora alguns prefiram usar maiores e outros menores. Embora as unhas sejam instrumentos importantíssimos, vou finalizar colocando uma citação do Eduardo Bernini, autor de Um Estudo sobre Unhas – “A arte musical não está nas suas unhas, e sim no seu coração – adapte a técnica para o tipo de unhas que você tem.” (obs.: sempre com a ajuda de um professor).
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