Vou postar pouco a pouco sobre os 4 dias do Seminário Internacional de Violão Vital Medeiros, ocorrido em Mogi das Cruzes no último final de semana. Nesse post, minha visão sobre os concertos.
Os quatro violonistas solo que se apresentaram (todos membros da banca examinadora do Concurso Vital Medeiros) esbanjaram musicalidade, bom gosto e técnica. Marcos Puña executou músicas regionais da Bolívia com seu violão de 10 cordas, passando uma imagem forte do que é a música de seu país; Pablo Marfil representou o violão da Argentina num recital sem erros. José Antonio Escobar tocando os 5 Prelúdios e os 12 Estudos do Villa-Lobos foi um momento único, sui-generis. E Daniel Morgade, com um carisma muito contagiante deu aulas de violão contemporâneo em belas interpretações de compositores ainda vivos.
Mas o melhor ainda estava por vir. Na noite de segunda-feira se apresentou a violonista Ledice de Felice, num espetáculo cênico-musical. Nunca tinha visto nada parecido, mas não gostei tanto, embora não desmereça o trabalho hercúleo de tocar violão, cantar, atuar e fazer percussão ao mesmo tempo. Depois dela quem tocou foi o duo Siqueira-Lima. Sem palavras pra esse duo. Um repertório ótimo, variado, e um exemplo de virtuosismo tanto técnico quanto musical, em respeito a fluência das dinâmicas e fraseado. Esse concerto foi um dos melhores que já vi na minha vida, foi inesquecível mesmo.
Para finalizar, o Brazil Guitar Duo se apresentou. O trabalho deles é de cair o queixo, ótimos arranjos escritos pelo João Luiz. Arranjos incomparáveis, idéias musicais compartilhadas telepaticamente e uma excelente técnica encerraram os dias do Seminário, reafirmando o Brasil como um país onde se transborda música para violão.
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