John Williams foi quem “descobriu” Agustin Barrios Mangoré. “Descobriu” porque foi quem ouviu as composições desse grande músico paraguaio e percebeu a riqueza sonora ali presente. Gravou em 1977 um disco inteiramente dedicado a Barrios, feito que rendeu a Barrios um grande reconhecimento no exterior. A música não-européia era bastante discriminada, e Barrios surpreende com composições belíssimas – ora de caráter virtuosístico, ora cheias de temas sentimentais e melancólicos, ora poéticas, ora intricadas. Todas de uma criatividade sem precedentes.
Williams nesse disco resgata em 1994 algumas das composições de Barrios, e reafirma a qualidade musical desse grande gênio. Embora em algumas passagens mais dramáticas eu o considere um tanto artificial, sua técnica impecável e clareza torna esse disco um dos mais belos que já ouvi.
Destaques:
- Las Abejas e La Catedral, pela execução impecável.
- Valsa no. 3, Choro da Saudade e Una Limosna por el Amor de Dios pela beleza melancólica da composição e trêmolo perfeitamente nítido da terceira composição.
- Maxixa e Cueca, pela grande inspiração popular que move a música.
Não consegui resumir os destaques, este disco é simplesmente demais. É daqueles pra se ficar ouvindo, e ouvindo, e ouvindo de novo… Top 10 da minha lista que publicarei mais tarde.
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